Caso Susan: irmãos negam que Vilmar fosse violento
Uma entrevista exclusiva feita na manhã desta quarta-feira (10) pelo repórter Júlio Mocellin com os irmãos de Vilmar Cachoeira Quirino (39), assassinado a marretadas pela filha Susan Mara Barbosa Quirino (18) na madrugada de segunda-feira passada, promete dar um novo rumo às investigações. Agenor (37) e Vilmo (34), além do advogado da família Quirino, Alessandro Simas, negam com veemência as alegações da defesa de Susan e questionam a liberdade da moça. Agenor se mostrou indignado com as acusações de que o irmão seria alcoólatra e violento. “Morto não fala. Não se defende. É fácil acusar. Tem que provar”, bradou. A alegação de que Vilmar seria violento com o filho menor (4 anos) abalou os irmãos. Para Agenor, essa talvez seja “a maior injustiça que estão fazendo com uma pessoa que está morta”. O irmão caçula, Vilmo, afirma que Vilmar não bebia por ser asmático. Segundo ele, em reuniões da família Vilmar cuidava da carne e sempre mandava que os irmãos e amigos levassem o resto das bebidas (cerveja) embora. Vilmar acusa a sobrinha Susan de, num encontro entre parentes, já ter ameaçado matar o pai. “Ela não sossegaria enquanto não visse o pai morto”. A causa de tanta raiva de Susan seria um ciúme doentio do irmão. Vilmo acrescenta que antes mesmo do menino nascer ela já teria prometido que iria matar o irmão. E como o pai dava mais atenção ao filho até em função da doença do menino, ela teria agido premeditadamente no assassinato do pai. Os irmãos contestam a presença de um revólver calibre 38 que foi encontrada pelos policiais no quarto de Vilmar. “Ela pode ter sido plantada lá”, desconfia Vilmo. Para o advogado Alessandro Simas, os argumentos da defesa de Susan são levianos e a Polícia Civil se equivocou ao não registrar o flagrante e manter Susan detida. “Nada justifica a forma com que foi executado o crime”, considera Simas, que está juntando provas e testemunhas para que sejam apresentadas ao judiciário já na primeira audiência. “Só há alegações. Não há provas de agressão, alcoolismo ou estupro”, destaca Simas. Para ele, “não há legítima defesa em uma situação como essa”.